São Paulo, domingo, 18 de junho de 1995
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O golpe do século

SÍLVIO LANCELLOTTI

Nos seus tempos de procurador de Maradona, entre 1991 e 95, Marcos Franchi se esforçou à exaustão para manter discreto o perfil público do ``Pibe". Maradona trocou o manager pela necessidade de um retorno agressivo. Guillermo Coppolla, ao contrário de Franchi, ama uma explosão.

Franchi montou, praticamente, a operação de resgate do nome de Maradona depois da suspensão por drogas na Itália e depois da detenção por drogas na Argentina. Ele bolou, primorosamente, o projeto de recuperação física do astro nos primeiros meses de 94, antes da Copa dos EUA. Sucumbiu, no entanto, às várias versões que Diego forneceu, conflitantemente, para o caso da dopagem por efedrina.

``Nada melhor do que a verdade", costuma dizer Franchi. A sua relação com Diego degringolou basicamente depois que o ``Pibe" perfilhou a tese doida e indecente de um repórter platino, para quem o craque foi ``envenenado" por um padre-agente da CIA, através de uma hóstia ``temperada" com efedrina. Ao dispensar Franchi, perdeu o melhor e mais desinteressado de seus amigos.

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