São Paulo, segunda-feira, 19 de junho de 1995 |
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Governo não aproveita vitória
SÔNIA MOSSRI
Mais de um mês depois de obter um segundo mandato com quase 50% dos votos, o presidente Carlos Menem não soube aproveitar a folgada vitória nas urnas. Em vez de adotar medidas para equilibrar as contas públicas e resolver a crise bancária, resgatando a credibilidade do programa de estabilização no mercado externo, Menem caiu no imobilismo. Ele teve problemas para contornar disputas por cargos no segundo mandato, que se inicia em 8 de julho. Desde 14 de maio (data das eleições), o ministro da Economia, Domingo Cavallo, já pediu demissão pelo menos duas vezes. O ministro é rechaçado pela cúpula do Partido Justicialista, que sustenta o menemismo, e por colegas de governo. Estão em jogo mudanças na política econômica no segundo mandato de Menem e disputa de poder por causa das eleições de 99. Cavallo tem planos para se candidatar à Presidência da República. Por isso mesmo, adversários do ministro da Economia querem reduzir o seu poder na reforma administrativa que Menem implementará no segundo semestre. Texto Anterior: FHC quer sócio "não eventual" Próximo Texto: Banco Central suspende planos de alívio de restrição ao crédito Índice |
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