São Paulo, terça-feira, 20 de junho de 1995 |
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Empresários e sindicalistas criticam altas taxas
DA REPORTAGEM LOCAL Fernando Henrique Cardoso ouviu queixas de trabalhadores e empresários contra as taxas de juros ontem de manhã no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo.Em audiência concedida a líderes da Força Sindical, FHC disse que a alta dos juros foi necessária para conter uma suposta ``corrida contra o real" e um ``crescimento explosivo" da economia. ``O presidente nos disse que os juros tendem a abaixar e precisam ser pilotados junto com uma política de câmbio", afirmou Luiz Antônio de Medeiros, presidente daquela central sindical. Os sindicalistas apresentaram relatórios setoriais ao presidente, que apontam o desaquecimento da economia em vários segmentos. Medeiros disse que pediu a FHC uma política que proteja os baixos salários e os aposentados, depois que for adotada a desindexação: ``O presidente nos afirmou que haverá um indexador para proteger os aposentados e que a decisão sairá ainda em junho". A Força Sindical quis saber de que maneira o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) será corrigido. FHC limitou-se a dizer que o FGTS terá correção, mas não disse que índice será utilizado. Depois de Medeiros, foi a vez de Carlos Eduardo Moreira Ferreira, presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), falar com FHC. Ferreira disse que os juros atuais são ``absolutamente insuportáveis": ``O presidente nos disse que essa situação é emergencial e tem tendência declinante a médio prazo". O dirigente empresarial apresentou a FHC alguns pontos da proposta da Fiesp para a reforma tributária e ponderou sobre os cuidados que o governo deve ter na discussão com o Congresso sobre a regulamentação de alguns processos de privatização em curso. Texto Anterior: FHC faz maratona para evitar tabelamento Próximo Texto: Governistas se dividem sobre convocação em julho Índice |
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