São Paulo, terça-feira, 20 de junho de 1995
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Estrada entra em colapso na volta do feriado

DA FOLHA VALE

O tráfego na rodovia Carvalho Pinto entrou em colapso anteontem, primeiro dia da operação retorno do feriado prolongado de Corpus Christi.
No horário de pico, entre 12h e 22h do último domingo, surgiram vários pontos de congestionamento na rodovia, o mais crítico entre os km 75, desvio dos túneis, e 57, no pedágio de Guararema.
Nesse trecho, o congestionamento atingiu aproximadamente 16 quilômetros.
Uma viagem de Ubatuba (litoral de SP) a São Paulo, que normalmente leva três horas e meia, durou o dobro do tempo.
Estimativas da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S.A) apontaram que aproximadamente 32 mil carros usaram o sistema Trabalhadores (Carvalho Pinto/Ayrton Senna), para retornar a São Paulo.
Por causa do congestionamento, parte do fluxo de veículos teve ser desviada para a interligação com a via Dutra, na altura do km 60.
Segundo o próprio diretor de operações da Dersa, Fernando Carrazedo, 48, o tráfego de veículos, sentido interior-São Paulo foi acima do esperado.
``Nós subestimamos o movimento. Não imaginávamos que os usuários da Dutra, que vinham do Rio, também optassem pela Carvalho Pinto", afirmou.
Segundo Carrazedo, no horário de pico passaram uma média de 5.000 veículos por hora, 100% a mais do que os 2.500 previstos pela Dersa. A capacidade normal da rodovia Carvalho Pinto é de 3.200 veículos por hora.
Para explicar o congestionamento, a Dersa apontou o mau tempo no litoral e em Campos do Jordão (interior de SP) como motivos dos turistas para antecipar o retorno. Outra explicação teria sido a falta de troco nos pedágios do sistema Trabalhadores.
``Tinha motorista dando até R$ 50 ou cheques para pagar o pedágio", disse Carrazedo. O valor do pedágio é R$ 2,50.
Para os próximos feriados, a Dersa estuda medidas para escoar o tráfego, entre elas a interdição da estrada no entroncamento com a via Dutra, em Taubaté.

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