São Paulo, terça-feira, 27 de junho de 1995 |
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Para Delfim, sistema de bandas é 'ridículo' Política cambial é recessiva, diz deputado FERNANDO CANZIAN
Ao intervir diariamente dentro dos limites estabelecidos das bandas, o Banco Central, diz Delfim, joga fora as informações que o mercado fornece sobre qual o limite mais adequado para a paridade entre o real e o dólar. Delfim Netto acredita que, em quatro semanas, o dólar estará cotado a R$ 0,95 para a venda. E vai continuar subindo sempre indexado à taxa de juro de 4% ao mês, que deve ser mantida ainda por muito tempo. Para o deputado, ``não precisa ser muito esperto para ver que o câmbio vai precisar de ajustes". O economista calcula que o Brasil perderá cerca de US$ 17 bilhões em reservas cambiais em 95 (US$ 13 bi para pagar a dívida externa e US$ 4 bi das importações acima das exportações). Por isso, o país precisará manter o juro alto -pressionando o câmbio- para atrair pelo menos US$ 17 bilhões de investidores internacionais e fechar as contas. Para Delfim Netto, a manutenção da atual política cambial, onde ``a cobra mordeu o rabo (sobre o câmbio e o juro)", aprofunda o desaquecimento econômico, pelo fato de o juro alto estimular as empresas a deixar o dinheiro rendendo no banco. Texto Anterior: BC tenta manter dólar estável em R$ 0,92 Próximo Texto: CDB foi o que mais rendeu desde julho Índice |
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