São Paulo, terça-feira, 27 de junho de 1995
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"Profecias" vivem da dúvida

INÁCIO ARAUJO
DA REDAÇÃO

E se Nostradamus estiver certo? O problema das profecias -seja qual for sua dimensão- é sempre esse: há uma porta para o acerto e outra para o erro. E duas para a dúvida.
Robert Guenette escolheu dividir em duas partes a dramatização das profecias, em "O Homem que Previu o Futuro (SBT, 1h50). Na primeira, as que se realizaram. A crer no filme, são mais ou menos todas. Na segunda, as que ainda estão por vir. E então, sai de baixo.
É estranho que Orson Welles entre na história como o narrador, para dar credibilidade à coisa. Ninguém mais do que Welles se notabilizou por encontrar o verdadeiro no falso e vice-versa. E o espectador não sabe se ele entra como sábio ou como cínico (ou ainda como o cara que precisa de uns cobres para pagar suas dívidas).
A grande vantagem de ``As Profecias" é propor um espetáculo inusitado, num dia em que a convenção dá as cartas, como de costume.
E, por falar em convenção, ninguém pode esquecer de ``Cem Rifles" e ``Amor Sem Fim", que passam na Record (13h15) e no SBT (13h30), respectivamente. ``Cem Rifles" tem a vantagem de não provocar enjôo de estômago, mas dava para esperar muito mais dele, caso, simplesmente, fosse dirigido com força e ânimo.
(IA)

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