São Paulo, sábado, 1 de julho de 1995 |
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CUT critica e Força Sindical apóia MP Duas principais centrais divergem CRISTIANE PERINI LUCCHESI
A CUT (Central Única dos Trabalhadores) criticou a MP, que foi considerada pelo seu presidente, Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, uma contradição com a livre negociação, ``que o governo diz defender". Ele criticou a MP como um todo, mas não gostou especialmente da proibição de acordo salarial que preveja reajuste automático por índice de inflação. ``Que livre negociação é essa?", disse Luiz Marinho, vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABCD, ligado à CUT. Ele comparou a situação com a vivida pelos metalúrgicos em setembro do ano passado. ``Nós já havíamos fechado acordo com as montadoras quando veio o ex-ministro da Fazenda, Ciro Gomes, e estragou tudo. O resultado: greve de uma semana", afirmou. Já o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e diretor da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, não vê problemas nessa proibição. ``A MP não proíbe a negociação de antecipações. Com ela, só perde a parte atrasada do movimento sindical, que sempre se apoiou na lei mas não quer negociar", disse Paulinho. Há críticas comuns às duas centrais, no entanto. A CUT e a Força Sindical não gostaram do item que proíbe, nos dissídios coletivos , a ``a concessão de aumento real a título de produtividade não amparada em indicadores objetivos, aferidos por empresa". ``Tenho 10 mil empresas na minha base. Como a gente vai calcular isso?", perguntou Paulinho. Vicentinho diz que com a medida o governo quer ``dividir os trabalhadores". ``A participação nos resultados deve ser por empresa, nas o cálculo de produtividade envolve todo um setor", disse. Eles criticaram também o fato de a MP determinar, nas datas-bases, o desconto de ``aumentos" concedidos no período anterior à revisão. Texto Anterior: Para PT e PPR, trabalho será prejudicado Próximo Texto: Conceição afirma que MP `é uma piada' Índice |
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