São Paulo, domingo, 2 de julho de 1995
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PSDB incha em Minas e sofre cisão no Paraná

DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE E EM CURITIBA

Apenas seis meses de poder bastaram para transformar o PSDB na maior bancada da Assembléia Legislativa de Minas Gerais.
Em 1994 foram eleitos oito deputados tucanos, juntamente com o governador Eduardo Azeredo. Apenas na última semana, outros 12 se filiaram ao partido.
Com 20 deputados estaduais, o partido deixou para trás o PMDB, que ficou agora com a segunda bancada, de 11 parlamentares.
Sete dos novos tucanos vieram do PTB, comandado pelo ex-governador Hélio Garcia. Outros dois deputados se transferiram do PMDB para o PSDB. Os demais vieram do PPR, PP e PDT.
O presidente do PSDB de Minas, Saulo Coelho, tem a expectativa de ``pelo menos dobrar" o número de prefeitos do partido até o final deste ano. Na eleição passada, o PSDB conseguiu eleger 66 prefeitos no Estado.
O inchaço repentino e o risco de perda de identidade do PSDB provocaram reações entre tucanos ``históricos", como o deputado Aécio Neves, neto do presidente Tancredo Neves.
Mas Coelho se diz satisfeito: ``O que não podemos é correr o risco de ver outras bancadas crescerem mais do que a nossa no momento da reforma partidária".
No Paraná, o crescimento do PSDB está provocando o afastamento dos fundadores do partido. O ex-deputado Euclides Scalco se desligou devido à filiação do ex-governador Álvaro Dias.
Quando assumiu o governo do Estado, em 1987, Dias promoveu uma verdadeira ``caça às bruxas" na administração de seu antecessor, o ex-senador José Richa. Foi então que o grupo de Richa deixou o PMDB para fundar o PSDB.
O ingresso de Dias no PSDB foi traumático. ``Foi um estupro político", afirmou o deputado estadual Beto Richa, filho do ex-senador. Beto lidera hoje a resistência tucana contra Álvaro Dias.

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