São Paulo, domingo, 2 de julho de 1995
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`Não somos reféns de ninguém'

DA REPORTAGEM LOCAL

Francisco Urbano Filho, 53, foi reeleito em abril para um terceiro mandato como presidente da Contag. Ele é filiado ao PSDB e, no mesmo Congresso, sua confederação aderiu à CUT. Mas a Contag, diz Urbano, ``não será cabide de nenhum partido político".

Folha - Quem cedeu mais para a Contag entrar na CUT?
Francisco Urbano - A Contag sempre foi fiel a seu tipo de sindicalismo e sempre convergia com a CUT quando estavam em jogo questões como conflitos de terra e crédito para a agricultura familiar. Ninguém abdicou do seu papel.
Folha - Há quem diga que a CUT começava os incêndios e a Contag era o bombeiro. O que vai acontecer agora?
Urbano - Não haverá nem incendiário nem bombeiro. Nós procuraremos atuar conjuntamente em situações que exijam uma postura mais ousada e em outras em que seremos mais moderados. O debate, que era uma disputa por espaço político, já está superado.
Folha - Ao ceder cinco das diretorias aos cutistas, o sr. não se tornou um ``refém do PT"?
Urbano - Nós não somos reféns de ninguém, e a direção tem que trabalhar, como já está fazendo, como direção de toda a confederação. Ela não será cabide de nenhum partido político.

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