São Paulo, domingo, 2 de julho de 1995
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Medida visa conseguir recursos para a casa própria

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A captação de dinheiro no exterior pelos bancos, a fim de facilitar as condições dos financiamentos imobiliários, está prevista na medida provisória divulgada anteontem pelo governo.
A idéia do governo é permitir que os bancos captem recursos no exterior, a taxas mais baixas de juros, e invistam em financiamentos imobiliários (comerciais e residenciais) no Brasil em condições mais favoráveis.
Os juros cobrados no mercado externo, atualmente com taxas anuais entre 8% a 10%, estão bem abaixo das taxas cobradas no país, que batem na casa dos 40% anuais -quando medidos pela TR.
A resolução 63 do Banco Central é uma das formas para a captação de dinheiro no exterior.
Pela resolução, um banco nacional toma dinheiro de uma instituição estrangeira e aplica no país a juros pouco superiores -mas, mesmo assim, inferiores às taxas brasileiras.
Outra possibilidade é uma imobiliária vender títulos no exterior. Desta forma, a imobiliária toma a dívida externa em condições melhores que as oferecidas pelo mercado doméstico.
A captação de recursos externos para investimentos habitacionais é controlada atualmente pelo Banco Central.
Este controle faz parte das medidas para evitar um aquecimento excessivo da economia.
A captação de recursos externos para a construção civil, segundo os lideres governistas, tem o objetivo de beneficiar os futuros mutuários da casa própria.
Hoje, os mutuários têm suas dívidas corrigidas pela TR (Taxa Referencial), que continua existindo mesmo após as medidas de desindexação.

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