São Paulo, domingo, 2 de julho de 1995 |
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Pequeno empresário vende 137% a mais com o Plano Em junho, entretanto, negócios caíram quase 30% MÁRCIA DE CHIARA
No primeiro semestre do ano passado, antes da estabilização da economia, ele vendia, em média, 8.000 formas plásticas por mês. Em outubro, sua empresa batia o recorde de 19 mil unidades vendidas, 137,5% a mais em relação aos negócios realizados antes do plano. ``Não esperava esse crescimento", diz Corrêa. Tanto é que, para dar conta da maior procura, ele teve de reformular rapidamente sua empresa. A Duepratik, que funcionava em um pequeno sobrado, mudou-se para um galpão industrial com 200 metros quadrados, na zona leste. E mais: a empresa ampliou de três para cinco o número de funcionários. ``Tivemos de comprar mais uma linha telefônica, um aparelho de fax e um computador para agilizar os negócios", conta o empresário. Com isso, a Duepratik aumentou sua carteira de clientes. Antes do real eram cerca de 200 empresas; agora, são quase 300 nomes. Mas, depois de tanto sucesso, a retração de quase 30% nas vendas em junho em relação a maio começa a tirar o sono de Corrêa. ``Acumulamos estoques para dois meses. O nível normal é de um mês", afirma. Além disso, a alta taxa de juros, diz Corrêa, está punindo os pequenos empresários. Emanuel Teixeira, sócio da Prismol, outra pequena empresa que fabrica molas e artefatos de arames, tem a mesma opinião. Depois de registrar crescimento de 50% nas vendas com o plano, Teixeira diz que está ``espremido" entre a alta taxa de juros e a queda nos negócios em junho. Texto Anterior: Os dilemas do Real Próximo Texto: Desindexação dura até 97, diz Serra Índice |
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