São Paulo, quarta-feira, de dezembro de
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Hora é ruim para adesão às demissões voluntárias

DA "AGÊNCIA DINHEIRO VIVO"

Mercado de trabalho tende a piorar; momento não é propício às microempresas
Este não é o melhor momento para os empregados que planejam abrir o seu próprio negócio aderirem aos programas de demissões voluntárias propostos especialmente pelas estatais. O alerta é de especialistas no mercado.
Os números são significativos: só em estatais paulistas serão cerca de 7,4 mil funcionários que, com indenizações e benefícios individuais em torno de R$ 15 mil, deverão procurar novas ocupações já no próximo mês -mais os demissionários de empresas privadas.
A quantidade de consultas feitas ao Sebrae por empregados do Banespa, Baneser e Nossa Caixa parece indicar que a abertura de micros e pequenas empresas será o caminho escolhido pela maioria.
O Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo (Simpi) alerta que os novos pequenos empresários enfrentarão dificuldades e questiona o aumento de abertura de outras micros, uma vez que o faturamento máximo destas, de 96 mil Ufir, não traria remunerações mensais equiparáveis aos salários das empresas estatais.
O quadro econômico do país dificilmente suportará o ingresso de mais microempresas, a menos que ocorram mudanças na legislação tributária e trabalhista no setor.
O futuro dos supostos candidatos a microempresários é arriscado. Os relatórios mensais do Simpi registraram em maio uma redução de 2% na capacidade instalada.
Além disso, o nível de emprego caiu 0,5% no mesmo mês, representando o desemprego de 4.300 trabalhadores em micros ou pequenas empresas.
Para o Simpi, as razões para a crise são claras: os juros e os financiamentos subiram de 20% em abril para 22% em maio, contra os 12% existentes há um ano. Cerca de 64% das empresas estão com dificuldades para receber títulos de seus clientes, representando 22,6% sobre o seu faturamento.
Os técnicos do Simpi estimaram que 44% das empresas estão deixando de saldar algum compromisso, priorizando o não-pagamento de impostos (44%), fornecedores (41%) e salários (4%).

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