São Paulo, segunda-feira, 3 de julho de 1995
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Gás deixa 36 intoxicados no Japão

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Pelo menos 36 pessoas ficaram intoxicadas por uma fumaça que foi liberada numa estação de metrô em Yokohama (Japão).
As vítimas foram levadas para o hospitais. A fumaça apareceu às 3h (horário de Brasília) na estação de metrô de Kamioka (30 km a oeste de Tóquio).
Pessoas reclamavam de irritação na garganta e dor nos olhos. Não houve casos graves.
Nenhum material suspeito foi encontrado pela polícia. A agência noticiosa "Kyodo" informou que a polícia fechou uma loja de departamentos que tem ligação direta com a estação do metrô.
Há o temor de que incidentes semelhantes voltem a se repetir. ``Foi deplorável. Faremos o possível para evitar que esse tipo de incidente se repita", disse um porta-voz da polícia.
A polícia não ligou o incidente ao atentado com gás sarin no metrô de Tóquio em março, que matou 12 pessoas e deixou 5.000 intoxicadas.
O guru da seita Aum Shinrikyo (Ensinamento da Verdade), Shoko Asahara, e vários fiéis estão sendo processados por assassinato e tentativa de assassinato.
Desde o atentado ocorrido em 20 de março, houve vários incidentes semelhantes ao de ontem, com pessoas se queixando de irritação na garganta e olhos. Nenhum foi ligado oficialmente à seita e seus seguidores.
Em 5 de maio, foi atribuído à seita um ataque, possivelmente com o gás cianeto, na estação de metrô Shinjuku, a mais movimentada de Tóquio.
A seita Aum Shinrikyo também é suspeita de outro ataque com gás sarin em uma estação de férias em 1994 e de tentativa de assassinato do chefe de polícia de Tóquio. A seita nega todas as acusações.
Na última sexta-feira, a polícia de Tóquio iniciou uma campanha para acabar com a seita.
Se a dissolução da seita for decidida pela Justiça, o culto perderá o status de grupo religioso e privilégios fiscais.
Jornais japoneses disseram que a seita Aum Shinrikyo estaria envolvida em um suposto plano para assassinar o líder de uma seita rival.
Tomomitsu Niimi, uma espécie de ``ministro de assuntos internos" da seita, disse que tentou atacar Daisaku Ikeda, líder da seita Soka Gakkai.
A Soka Gakkai é o maior grupo budistas japonês. A seita reúne milhões de seguidores no Japão e no mundo.

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