São Paulo, sexta-feira, 7 de julho de 1995 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Rússia decide destruir armas químicas
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS O governo russo decidiu ontem destruir 40 mil toneladas de armas químicas. A quantidade equivale a cerca de 10% do arsenal do país.Segundo o Comitê para Armas Químicas e Biológicas, a destruição custará entre 80 bilhões e 115 bilhões de rublos (US$ 17,4 milhões a US$ 25 milhões), e deverá durar 14 anos. A verba ainda não foi aprovada. Os armamentos a serem destruídos estão em sete arsenais pertencentes ao Ministério da Defesa. A verba inclui eventuais indenizações para trabalhadores envolvidos na destruição e para moradores dos arredores das áreas em que estejam as armas. As áreas especiais para a destruição devem ser construídas junto ao local onde as armas estão armazenadas atualmente. A Rússia tem o maior arsenal químico do mundo. Calcula-se que sejam entre 300 mil e 700 mil toneladas, mas o mais provável é que haja 350 mil toneladas de armas químicas. Não há dados oficiais. A então União Soviética assinou, em 1972, o Tratado de Não-Proliferação de Armas Químicas. Apesar disso, continuou fabricando-as até 1987. Até 1992, laboratórios militares do país continuavam pesquisando novas armas. Há um ano, os EUA acusaram a Rússia de desenvolver as chamadas ``armas binárias" -dois agentes químicos armazenados separadamente e que só se tornam nocivos quando misturados, já na hora do ataque. Em 1992, o químico russo Val Mirzaianov foi preso por escrever um artigo em que revelava as pesquisas secretas russas na área. Ele já foi libertado. Até o final deste ano, a Câmara Alta do Parlamento russo (equivalente ao Senado) deve ratificar a adesão russa à Convenção de Paris sobre armas químicas. Texto Anterior: Japão acusa ex-mafioso por gás em Yokohama Próximo Texto: Iraque nega ter arma biológica Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |