São Paulo, quarta-feira, 19 de julho de 1995
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Dunga provoca a equipe argentina

FERNANDO RODRIGUES; MÁRIO MAGALHÃES
DOS ENVIADOS A RIVERA E PUNTA DEL ESTE

Dunga, o capitão da seleção, desafiou os jogadores argentinos, sugerindo que as divergências entre os times poderiam se resolver numa briga fora do campo.
``Nos pênaltis, eu falava com o árbitro quando um argentino me chutou por trás. Eu disse que estava lá para jogar bola. Mas que, se ele quissesse brigar, poderíamos brigar lá fora", relatou Dunga.
Ele não disse qual jogador o teria chutado. Depois do jogo de anteontem, Dunga estava de mau humor. Não sorria e ficou irritado quando um jornalista argentino lhe perguntou se ficava feliz por se classificar com um gol irregular.
``Você perguntou isso ao Maradona quando ele fez um gol de mão?", foi a resposta de Dunga. Ao que o argentino disse: ``Sim. E gostaria de ter a sua resposta também". Dunga não respondeu.
Outro irritado era o lateral Jorginho. ``Os argentinos pensam que são mais homens que os brasileiros: querem só bater, não pensam em mais nada. Nós jogamos com lealdade", disse.
O técnico Mario Jorge Zagallo foi econômico nas suas declarações ontem e anteontem. Afônico, mal conseguia falar.
Zagallo apenas agradeceu o apoio da torcida e fez uma análise esotérica sobre o resultado: ``No dia do tetra, Deus quis que ganhássemos da mesma maneira, nos pênaltis".
O técnico irritou-se com o que considerou ``antifutebol" da Argentina. ``Eles são muito violentos", afirmou. ``Entram na catimba, na provocação."
O atacante Sávio também reclamou do que considerou ``violência" dos adversários. Ele provocou a expulsão do meia defensivo Astrada aos 44min do primeiro tempo.
(FR e MM)

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