São Paulo, domingo, 30 de julho de 1995
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Brasileiro e grega transam em área militar no Egito

PATRICIA DECIA
DA REPORTAGEM LOCAL

Mais complicado que namora idioma é um terceiro, totalmente diferente.
Em alguns casos, isso pode ser até perigoso. Uma aventura com uma grega, no Egito, quase provoca a prisão do gerente de vendas Oswaldo Soubihe, 40.
Os dois estavam andando de bicicleta pelas ruas do Cairo, quando, para namorar, resolveram pular uma mureta, que dava para as margens do rio Nilo, onde havia uma grande placa escrita em árabe.
Durante a transa, apareceram dois soldados do Exército egípcio, com fuzis e muita munição. ``Quase caí para trás", conta Soubihe. Era uma área militar, de segurança máxima. ``Quase fui preso como terrorista", conta.
Soubihe teve, pelo menos, cinco namoradas estrangeiras. Seu caso mais recente aconteceu no mês passado, em Veneza (Itália).
Debaixo da ponte dos Suspiros, durante um passeio de gôndola, ele foi beijado pela italiana Isabela, 28. O beijo (ele foi saber depois) significa, pelas tradições locais, uma jura de amor eterno. Sem o domínio do italiano para ajudar, tudo que Soubihe sabia sobre a ponte é que, por ela, passavam os condenados à morte.
Os dois haviam se conhecido horas antes na Chiesa dei Miracole. Com um italiano que se resumia a bom dia, demorou meia hora para se aproximar de Isabela. ``Tentei inglês, ela não entendeu e começou a rir. Mesmo assim, ficamos passeando."
Falaram o resto do dia. ``Sempre misturávamos tudo: inglês, português, espanhol e italiano. Também nos explicávamos por mímica." O caso acabou no seu quarto de hotel. Mas Soubihe reconhece que havia limitações. ``Você pode falar que gosta de arte barroca, mas não explicar o porquê."

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