São Paulo, domingo, 30 de julho de 1995
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Para Fipe, 3,99% é pico no ano

DA REDAÇÃO

Depois de uma fase declinante nos primeiros meses do ano, o custo de vida (inflação medida apenas pelos preços ao consumidor final) deu um salto neste mês.
A taxa da terceira quadrissemana de julho medida pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) em São Paulo chegou a 3,99%. Em janeiro, por exemplo, era de 0,80%.
Mas essa taxa (preços médios em 30 dias terminados em 23 de julho, comparados com os 30 dias anteriores) deve ser a mais alta do ano, diz Heron do Carmo, coordenador do IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe.
Heron diz que a tendência, agora, é de queda. A taxa de todo o mês de julho, estima, deverá ficar entre 3,5% e 3,7%.
O economista atribui o repique atual aos reajustes das tarifas públicas, que ``já foram absorvidos e devem impactar menos a taxa a partir de agora", diz ele.
O reajuste de tarifas públicas (ônibus, táxi, metrô, gás, água e esgoto) no mês passado foi a principal causa da aceleração da inflação.
Essa alta tão intensa não foi registrada pelo IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado), da Fundação Getúlio Vargas, com 1,82% em julho, porque este não é um indicador típico de custo de vida.
O IGP-M, como o IGP, é uma média ponderada de três índices, um deles o IPC no Rio e São Paulo, com peso 3. Mas o que pesa mais (6) é o IPA nacional, que registra preços no atacado, antes que cheguem ao consumidor final. O terceiro é o da construção (peso 1).

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