São Paulo, quarta-feira, 2 de agosto de 1995
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Prejuízo da Petrobrás é de R$ 56 milhões

DA SUCURSAL DO RIO

A Petrobrás anunciou ontem que seu balanço do período de janeiro a maio deste ano registrou um prejuízo de R$ 56 milhões (US$ 62 milhões).
Segundo a empresa, a perda é decorrente da greve dos petroleiros, que paralisou a maior parte das suas atividades produtivas de 3 de maio a 2 de junho deste ano.
No balanço do mês de maio, o prejuízo registrado foi de R$ 169 milhões, o equivalente a US$ 186 milhões.
A empresa informou que durante o mês de maio ela teve uma redução das suas receitas operacionais equivalente a US$ 190 milhões.
O aumento de despesas com a capacidade operacional ociosa equivalente a US$ 178 milhões.
Ainda segundo a estatal, durante o mês de maio suas importações de derivados de petróleo alcançaram 378 mil barris por dia, devido à greve.
O número representou um acréscimo diário de 217 mil barris em relação à média de 161 mil barris por dia do período de janeiro a abril.
Apesar de o prejuízo registrado, a Petrobrás aumentou seu faturamento nos primeiros cinco meses deste ano em relação ao mesmo período de 1994.
Segundo os números divulgados ontem, a empresa teve, de janeiro a maio de 1995, um faturamento bruto (inclui impostos) de R$ 7,62 bilhões, equivalentes a US$ 8,12 bilhões.
A greve dos petroleiros, que durou 30 dias, reivindicava o cumprimento do acordo feito com a Petrobrás em novembro.
O protocolo previa a realização do ajuste ``interníveis" (reescalonamento das faixas salariais da empresa que resultariam em reajuste de 18% a 20%, segundo a Federação Única dos Petroleiros).
A Justiça do Trabalho, no entanto, considerou que apesar de o protocolo ter valor ``ético", ele não tem força de acordo coletivo e portanto não há obrigação legal em cumpri-lo. A greve foi considerada ilegal e os petroleiros, que mantiveram a paralisação, foram punidos com multas e demissões.

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