São Paulo, quarta-feira, 2 de agosto de 1995 |
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Bom homem evita julgar e condenar
PAULO COELHO
"Quando eu era criança, costumava rezar com meu pai, meus tios e meus primos. Todas as noites nos reuníamos para escutar um trecho do Corão". "Numa dessas noites, enquanto meu tio lia uma passagem, reparei que a maior parte das pessoas dormia. Então comentei com papai: `nenhum desses dorminhocos é capaz de ficar atento às palavras do profeta. Jamais chegarão até Deus!'." "E meu pai respondeu: `Meu filho querido, procure seu caminho e deixe cada um cuidar de si. Eu preferia mil vezes que você estivesse dormindo com eles a ter que escutar esse seu julgamento duro e essa sua condenação'." Texto Anterior: Nanni Moretti faz comédia a partir do silêncio Próximo Texto: Harnoncourt despolitiza ópera iluminista Índice |
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