São Paulo, quarta-feira, 2 de agosto de 1995 |
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História em quadrinhos leva fã a virar herói em jogo
FREDERICO LEON ARRABAL
Para piorar a situação, a revista de que ele mais gosta deixou de ser publicada. Seu tema era a saga do herói Darksheer, justiceiro que protege as ruas da cidade de Noctropolis de terríveis vilões. Agora que seu herói se aposentou, Grey não tem muito mais o que fazer. Mas a sorte finalmente bate à porta de sua loja. Ao receber um pacote de um concurso de quadrinhos em que havia se inscrito, Peter acha um amuleto mágico que o transporta para a cidade de seu herói, onde deve percorrer um longo caminho até se tornar o novo campeão da justiça. Esse é o começo de ``Noctropolis", novo produto da Electronic Arts (famosa por jogos clássicos como ``Black Cript" e, recentemente, pelos bons jogos ``Cyberia" e ``U.S. Navy Fighters"), no qual cabe ao usuário transformar um Nerd em herói. Quadrinhos na tela O jogo usa, na tela do microcomputador, muito da linguagem dos quadrinhos. Exagera na beleza dos cenários e na caracterização das personagens, mas poupa nos movimentos e nas animações. Cada cena é uma espécie de quadrinho de uma longa história. Peter Grey/Darksheer é controlado por um menu de comandos, apelidado de pirâmide, que pode ser acionado via mouse. Isso torna simples o desenvolvimento do jogo, pois o usuário não tem nenhuma necessidade de tocar no teclado. Cenários complexos A dificuldade maior é encontrar os objetos úteis no meio de cenários de fundo tão complexos. Outro desafio é conseguir alguma informação ou ajuda dos desconfiados habitantes de Noctropolis, uma espécie de Gotham City, eternamente mergulhada nas trevas. A belíssima trilha sonora do jogo pode ser ouvida em toca-discos de CD. São dez músicas de Ron Saltmarsh, que se destaca por seu trabalho em ``Amazon and Guardians of Eden". Uma das vantagens desse jogo é que ele não se esquece dos usuários de computadores 386 que trabalham apenas com 4 MBytes de memória RAM. Apesar de ficar um pouco lento, ``Noctropolis" funciona nesse tipo de equipamento. Requer ainda monitor SVGA colorido e pede apenas 500 Kbytes de espaço livre no disco rígido. O jogo está sendo vendido em São Paulo pela Planet Mídia. É em CD e pede o sistema operacional DOS a partir da versão 5.0. Sai por R$ 69. ONDE ENCONTRAR PLANET MÍDIA: tel. (011) 282-789 Texto Anterior: Café cibernético vira moda em Nova York Próximo Texto: Cenários são o atrativo de `Rise of Robots' Índice |
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