São Paulo, quarta-feira, 2 de agosto de 1995
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O que falta para ser provedor de acesso

Empresas enfrentam burocracia e falta de agilidade

MARIA ERCILIA
DA REPORTAGEM LOCAL

Ainda é comprido, incerto e cheio de burocracia o ``caminho das pedras" para uma empresa que precisa de uma conexão internacional à Internet (maior rede mundial de computadores).
A RNP (Rede Nacional de Pesquisas) está cadastrando empresas para o seu backbone (tronco principal de acesso à rede), com estréia prometida para este mês.
Quem quiser se cadastrar na RNP precisa telefonar para o Centro de Informações Internet/Brasil, dar os seus dados e aguardar um material informativo.
A reportagem da Folha telefonou para esse serviço e foi informada de que após receber guias gratuitos, a empresa confirma o interesse e pode adquirir mais material, só que pago, e aguardar a tabela de preços.
A RNP divulgou no início de julho uma lista de preços em caráter oficioso, na qual a conexão de 64 Kbps sai por cerca de R$ 1.800.
Isso porque a Embratel foi proibida pelo Ministério das Comunicações de cobrar o acesso à Internet de seus clientes, enquanto a tabela oficial não é fixada. Empresas como a Dialdata e a Nutec estão pagando atualmente à Embratel somente o aluguel das linhas dedicadas de 64 Kbps (R$ 2.800).
A Embratel se recusa a divulgar o número de clientes que está atendendo e não aceita novas inscrições. Embora o Ministério das Comunicações tenha determinado que a estatal não atenderá usuários finais, ela deverá continuar provendo acesso.
O comitê que administra o backbone da RNP deve fazer uma reunião no próximo dia 9, em que devem ser finalmente determinados os preços.
A multinacional IBM também deve prover acesso a empresas em breve, mas ainda não há previsão de lançamento desse serviço.
(ME)

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