São Paulo, quinta-feira, 10 de agosto de 1995 |
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Procurador admite reabertura do inquérito
SERGIO TORRES
``Um caso, uma vez arquivado, pode ser reaberto quando surgem novas provas. Falo em tese, porque não conheço essas declarações", disse Bittar. A reabertura de inquéritos está prevista no artigo 25 do Código de Processo Penal Militar. O artigo afirma que um inquérito só não poderá ser retomado quando já ocorreu o julgamento ou a extinção da punibilidade. O procurador-geral disse que o inquérito sobre o desaparecimento de Rubens Paiva foi arquivado de acordo com a Lei de Anistia, o que poderá inviabilizar a reabertura. ``Nesse caso houve extinção de punibilidade", afirmou Bittar. Fato novo Responsável pelas investigações desenvolvidas em 1986 sobre o desaparecimento de Paiva, o então procurador-geral da Justiça Militar, Francisco Leite Chaves, disse à Folha que as declarações de Fontoura ``podem ser um fato novo", capaz de provocar a reabertura do inquérito. Leite Chaves se afastou da investigação no início de 1987, para assumir uma vaga no Senado. Após a sua saída, o inquérito sobre o caso foi arquivado. Para Chaves, desde aquela época não surgiram fatos que pudessem reabrir o caso. Chaves disse ter ``absoluta certeza" de que militares do 1º Exército mataram Rubens Paiva e sumiram com a ossada, que teria sido desenterrada no Recreio dos Bandeirantes em fevereiro de 87. Segundo Chaves, a ossada de Paiva teria sido trocada no IML do Rio de Janeiro por ossos de um animal, a fim de desmoralizar o trabalho das escavações que vinham sendo realizadas no Recreio dos Bandeirantes. (ST) Texto Anterior: Ossada de Paiva foi identificada em 1973 Próximo Texto: Médico acusado de ligação com tortura é julgado Índice |
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