São Paulo, sexta-feira, 11 de agosto de 1995 |
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Israel e OLP anunciam acordo
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS A Organização para a Libertação da Palestina (OLP) e Israel anunciaram hoje em Taba (Egito) que chegaram a um acordo sobre os pontos essenciais para a transferência da autonomia na Cisjordânia para os palestinos.``Podemos dizer que nós já chegamos a um acordo, mas ainda temos alguns pontos que precisam ser definidos em subcomitês", disse Iasser Arafat, líder da OLP. O documento foi assinado pelo diretor-geral do Ministério das Relações Exteriores de Israel, Uri Savir, e pelo negociador-chefe da OLP, Abu Alaa, em nome da Autoridade Nacional Palestina e do governo israelense. Os dois lados disseram ter chegado a um acordo sobre suas principais discordâncias: retirada das tropas israelenses de centros de população árabe, libertação de milhares de palestinos presos por Israel, partilha da água (recurso limitado) e cobrança de impostos. A saída do Exército israelense da Cisjordânia só deve ocorrer depois das eleições palestinas na região. Não foram revelados detalhes sobre o acordo. O anúncio foi feito pouco antes da 3h (21h em Brasília). O chanceler de Israel, Shimon Peres, se reunia com o líder palestino desde segunda-feira, em Taba, para chegarem a um acordo. Os líderes disseram que o futuro da única cidade onde há colonos israelenses, Hebron, terá que ser decidido em subcomitês. A cidade é considerada sagrada por judeus e muçulmanos e é uma das maiores vítimas de ataques terroristas. O premiê de Israel, Yitzhak Rabin, deve rever e assinar o acerto no próximo domingo. O acordo para a extensão da autonomia na Cisjordânia já tinha sido adiado várias vezes. Em 1993, a OLP e Israel chegaram a um compromisso que previa a transferência para a autonomia palestina da faixa de Gaza e da cidade de Jericó, na Cisjordânia. A transferência das duas regiões só ocorreu em maio de 1994. Israel ocupou a Cisjordânia em 1967. A região, que fazia parte da Jordânia, tem população majoritariamente palestina. O Exército israelense fechou a faixa de Gaza ontem. A região deverá ficar fechada até o domingo. O Exército teme ataques de radicais islâmicos para sabotar as negociações entre a OLP e Israel. Quinze ativistas do grupo terrorista Hamas (Movimento de Resistência Islâmica) foram presos na noite de anteontem pela polícia palestina na faixa de Gaza. O grupo é contrário ao acordo de 1993 entre a OLP e Israel. Texto Anterior: Governador russo adere a separatistas Próximo Texto: Genros de Saddam fogem do Iraque Índice |
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