São Paulo, segunda-feira, 14 de agosto de 1995
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Objetivo agora é vender o Banespa

VALDO CRUZ; VANESSA DE SÁ
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A equipe do presidente do Banco Central, Gustavo Loyola, acredita que saiu fortalecida para negociar a privatização do Banespa com a intervenção do Banco Econômico, decretada na última sexta-feira.
O governador de São Paulo, Mario Covas (PSDB), resiste à venda do controle acionário do banco, que está sendo administrado pelo BC desde 30-12-94.
Em conversas reservadas, os diretores do BC avaliam que agora o Banespa está mais próximo de uma ``solução técnica", o que significa privatizar o banco paulista.
A intenção do BC é iniciar o processo de privatização do Banespa ainda este ano. A diretoria do banco vinha se reunindo com os interessados na compra, mas o processo voltou à estaca zero há cerca de dez dias.
A diretoria do BC considera muito difícil uma decisão política depois que o governo resolveu enfrentar o cacique do PFL, o senador Antônio Carlos Magalhães (BA), ao intervir no Econômico.
As críticas do ex-governador baiano não preocupam o BC. Loyola e seus diretores dizem compreender a posição de ACM. Segundo eles, o senador tinha que reagir para dar uma satisfação a seus eleitores.
Loyola se empenhou pessoalmente nas negociações com Ângelo Calmon de Sá, dono do Econômico, para tentar transferir o controle acionário. Isso não foi possível porque ACM não queria que o controle do banco saísse da Bahia.
(VC e VS)

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