São Paulo, terça-feira, 22 de agosto de 1995
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Cineasta criou o Cinema Novo

DA REDAÇÃO

O cineasta baiano Glauber Rocha (1939-1981) iniciou sua carreira de diretor em 1959, com o curta ``O Pátio". Antes, porém, já havia escrito ensaios sobre cinema para o ``Jornal da Bahia".
Natural de Vitória da Conquista, Glauber transferiu-se para Salvador aos nove anos de idade. Ainda adolescente, desenvolve uma carreira de poeta e ator.
Neste período, conhece o também cineasta Luiz Paulino dos Santos, com quem colabora no curta ``Um Dia na Rampa". Os dois ainda trabalham juntos nos filmes ``O Pátio" e ``Cruz na Praça" (ambos de Glauber).
``Barravento", de 1962, começou sob direção de Santos, mas passou para as mãos do produtor Glauber Rocha logo no início das filmagens. É um período de florescimento cultural da Bahia e o início do Cinema Novo no Estado.
Glauber é o líder deste movimento, que pregava um cinema autenticamente nacional, de autor e com temática social e de vanguarda. No Rio de Janeiro, o movimento é encabeçado por Nelson Pereira dos Santos e Joaquim Pedro de Andrade, e em São Paulo, por Roberto Santos.
Seus filmes de maior repercussão são ``Deus e o Diabo na Terra do Sol" (1964), ``Terra em Transe" (1967) e ``O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro" (1969). Em 1980, dirige ``Terra em Transe", seu último filme. Em agosto de 1981, é internado em Lisboa com problemas broncopulmonares. Já em coma, é transferido para o Rio de Janeiro, onde morre, no mesmo mês.

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