São Paulo, quinta-feira, 24 de agosto de 1995
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Paralisação é total na Bahia

DA AGÊNCIA FOLHA

A adesão total à greve dos funcionários do banco Econômico impediu ontem que os 400 mil clientes da instituição na Bahia sacassem até o limite de R$ 10 mil (em conta corrente e poupança) nas 76 agências instaladas no Estado.
Os primeiros clientes chegaram às agências às 7h, quatro horas antes do previsto para a abertura.
“Não tenho dinheiro para mais nada”, disse a aposentada Elza Amaral, 62, cliente há 40 anos.
O movimento foi maior na agência centro, na rua Miguel Calmon. Cerca de 60% dos clientes de Salvador têm conta nessa agência.
Às 9h, cerca de 700 pessoas, segundo a Polícia Militar, estavam na fila para receber o dinheiro.
“Jamais imaginei enfrentar tanto sufoco para receber meu dinheiro, que está retido no banco”, disse a funcionária pública Maria Helena Costa de Jesus, 32. A polícia isolou todos os acessos para a agência centro. Para chegar à sede do banco, os clientes e funcionários tinham de caminhar pelo menos 400 metros.
A greve impediu a abertura das oito agências do banco em Belo Horizonte. Os cerca de 400 funcionários querem garantias de que vão continuar recebendo os salários e exigem punição para os diretores da instituição. Cerca de 300 clientes formaram desde as 6h uma longa fila esperando a abertura da agência.
Também não abriram as oito agências de Fortaleza. Cerca de 1.500 funcionários do banco passaram o dia concentrados em manifestação na praça do Ferreira, no centro da cidade.
Os 250 funcionários do Econômico em Sergipe também aderiram à greve, impedindo a abertura das 11 agências do banco.

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