São Paulo, quinta-feira, 24 de agosto de 1995 |
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Favelados fecham por 3º dia seguido marginais
DA REPORTAGEM LOCAL Moradores de favelas de São Paulo fecharam ontem, pelo terceiro dia consecutivo, pontos das marginais Tietê e Pinheiros em protesto contra a remoção de seus barracos pela prefeitura.A marginal Pinheiros foi fechada ontem das 3h30 às 9h30, no sentido Santo Amaro-Jaguaré, por cerca de 200 moradores do Jardim Edite, uma favela localizada na avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini (leia texto ao lado). À tarde, moradores da favela Pau Queimado, que fica embaixo do viaduto General Milton Tavares de Souza, no sentido Lapa-Penha da marginal Tietê, fecharam a pista por duas vezes. Às 13h45, foram fechadas duas pistas, liberadas cinco minutos depois. Às 14h27, os moradores fecharam totalmente a marginal no sentido Lapa-Penha, só liberando às 17h15. O trânsito ficou complicado no local até as 17h25. O congestionamento chegou a 4,6 km. Houve confronto com policiais militares. Os moradores teriam atirado pedras, ferindo um policial e destruindo cinco carros da PM. Segundo os moradores, os policiais teriam reagido com tiros e várias pessoas teriam ficado feridas. No 10º DP, não há qualquer registro sobre moradores feridos. O protesto foi realizado porque a favela corre o risco de ser removida do local (leia texto abaixo). Na última segunda-feira, moradores de uma favela debaixo da mesma ponte, mas no sentido Penha-Lapa da marginal, no Parque Novo Mundo (zona leste), interditaram a pista por seis horas também em protesto contra a remoção da favela. A área é considerada de risco pela prefeitura. Anteontem, moradores de outra favela, junto à ponte Anhanguera (marginal Tietê), também interditaram as pistas em protesto contra a retirada de seis barracos do local. O vereador Arselino Tatto (PT) vem acompanhando as manifestações e deve entrar hoje com uma ação no Ministério Público contra a retirada. ``Fechar as marginais é a única coisa que eles podem fazer para chamar a atenção", disse. Texto Anterior: Justiça condena Febem e Estado de SP Próximo Texto: Remoção de áreas de risco gerou protestos Índice |
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