São Paulo, quinta-feira, 24 de agosto de 1995
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PIB comercial mexicano recua 21,3%

FLAVIO CASTELLOTTI
DA CIDADE DO MÉXICO

O PIB (Produto Interno Bruto) do setor comercial mexicano caiu 21,3% no segundo trimestre de 1995, em relação ao mesmo período de 1994. A queda geral do PIB do México nesse período foi de 10,5%.
Segundo dados da Bolsa de Valores e do Inegi (Instituto Nacional de Estatística, Geografia e Informática), as vendas caíram, em média, 14,7% no primeiro semestre, em comparação com igual período de 94. O nível de emprego no setor comercial caiu 8,7% e o salário médio do setor diminuiu 11,2%.
Para Salvador Negrete, presidente da Conaco (Confederação Nacional de Comércio), o setor comercial sofre mais com a crise.
``A indústria pôde aproveitar-se da desvalorização do peso e orientar maior parte da produção ao mercado externo", disse.
Ontem, durante a cerimônia de 121º aniversário da Conaco, Negrete pediu o fim do comércio ambulante e mais segurança nas ruas da capital mexicana.
O presidente Ernesto Zedillo, que assistiu ao ato comemorativo, reconheceu que o comércio está sofrendo a crise com ``particular violência". Zedillo prometeu rapidez na desregulamentação de normas do setor, a fim de atenuar o problema dos ambulantes.
As reservas internacionais do México subiram 4% (o equivalente a US$ 500 milhões) na última semana, anunciou ontem o Banco do México. Segundo a instituição, elas passaram de US$ 12,8 bilhões, em 12 de agosto, para US$ 13,3 bilhões no dia 18.
No leilão de Cetes (títulos do Tesouro) desta semana, o rendimento dos Cetes a 28 dias caiu 1,86%, fechando a 34,1% ao ano. Foi a sexta semana consecutiva de queda dos juros no México.
Ontem, o governo mexicano anunciou um programa emergencial de apoio a devedores, que inclui juros mais baixos para pessoas e empresas em débito.
Com agências internacionais

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