São Paulo, quinta-feira, 24 de agosto de 1995 |
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Romênia é mais do que a terra de Drácula
PAULO ALVES
O castelo de Peles, na Transilvânia, e os monastérios da Bucovina (Patrimônio Cultural da Humanidade), na Moldávia, são alguns desses acontecimentos únicos que valem uma viagem. Já o castelo de Bran -que o escritor irlandês Bram Stocker (1847-1912) imortalizou como o castelo de Drácula- é uma fortaleza que nunca teve a honra de ser visitada pelo suposto vampiro. Drácula, na verdade, foi um bravo herói romeno. Talvez Stocker tenha escolhido o castelo em virtude da coincidência com seu próprio nome. Liderando seu exército particular, o conde Drácula -também conhecido como o Impalador, por seus métodos originais de tortura- era o terror dos invasores otomanos no século 14. Seu castelo de fato ficava a sudoeste de Bucareste, mas hoje é só ruínas. Os romenos, que há poucos anos viam o conde como herói nacional, hoje vêem possíveis cifrões com a exploração de sua fama. Reserve no máximo uma semana para conhecer o interior e esqueça a outrora bela capital Bucareste. Pelo menos até que ela seja amplamente restaurada. Com rodovias e rede ferroviária precárias, passagens aéreas baratas, hotelaria em expansão e restaurantes razoáveis, o país olha para o turismo como alternativa de crescimento econômico. Quanto à língua, se você não fala russo ou romeno, tente alemão, francês ou inglês. Se não entenderem, certamente se comunicarão com gestos e sorrisos. Atenciosos, os romenos podem não entender direito por que você foi parar lá, mas vão se esforçar ao máximo para mostrar suas belezas e fazer você entender como o país ficou tão arrasado. Texto Anterior: Igreja atrai pelos entalhes dourados Próximo Texto: Castelo é tesouro escondido na Transilvânia Índice |
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