São Paulo, sexta-feira, 25 de agosto de 1995
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Festa colorida era hit nos anos 50

NINA HORTA
ESPECIAL PARA A FOLHA

A cor é importante em nossas vidas gastronômicas. Ovo azul é até possível, mas dourado?
Onde está a galinha? Torrada preta é queimada. Banana verde é ruim. Já a amarela é ótima. Preta é um horror.
Muitas vezes a cor é mais importante que a gosto. A sopa pode até estar ruinzinha, mas roxa? Jamais!
Nos anos 50 havia festas com temas de cor e o mais comum era o rosa. Mesa rosa, toalha rosa, prato rosa, bolo rosa... Só nos anos 50 mesmo!
E queijo verde dá vontade de comer? No entanto, balinhas e gelatinas podem ter as cores do arco-íris que ninguém se importa. Parece que saiu uma cola azulada, cor de detergente. Estará fazendo sucesso?
E prata e ouro? Ficam bem. Um mingau dourado, um frango ET prateado...
Na Índia forram a comida de festa com "vark", que é um papel fininho e comestível, dourado ou prateado.
Barbara Adachi, uma foodie conhecida, fez um sorvete de blueberry que ficou acinzentado e foi apelidado de sorvete de elefante.
O amiguinho de seus filhos veio jantar e na sobremesa provou o sorvete, comovido.
"Mas não tem gosto de elefante!", gritou indignado. É. A cor é a metade ou mais de nosso prazer de comer.

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