São Paulo, sábado, 26 de agosto de 1995
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Proposta sai dentro de dez dias, diz secretaria

DA SUCURSAL DO RIO

A Secretaria da Educação de São Paulo informou, por intermédio de sua assessoria de imprensa, que a proposta de regulamentação do ensino religioso no Estado de São Paulo deverá ser apresentada em, no máximo, dez dias.
A proposta está sendo elaborada por uma comissão formada por representantes da Secretaria de Educação, do Conselho Estadual de Educação, da Secretaria de Justiça, da Procuradoria Geral do Estado, de universidade pública e da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação.
A Secretaria de Educação tem seis representantes na comissão, que foi criada no final de junho.
Entre as funções da comissão está a de consultar ``autoridades das diferentes religiões presentes no Estado de São Paulo" e entidades de classe.
A revogação também foi motivada, segundo a assessoria, por causa da reivindicação de outras religiões, que também queriam participar das aulas.
A implantação do ensino religioso nas escolas estaduais havia sido acertada por Martins e lideranças religiosas.
Após uma série de contatos com a CNBB, Martins baixou uma resolução que traçava as linhas gerais para esse ensino. Pela resolução, caberia à CNBB capacitar professores para a função.
Representantes de igrejas evangélicas reivindicaram tratamento semelhante. Martins baixou então nova resolução, que acabava com a exclusividade dos católicos: os evangélicos também teriam direito de ministrar aulas de religião.
As aulas, assim como as destinadas aos alunos de formação católica, seriam optativas.

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