São Paulo, sábado, 26 de agosto de 1995
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Villares demite 342 e Cofap dispensa mais 65

CRISTIANE PERINI LUCCHESI

'Da Reportagem Local
A Villares demitiu 280 funcionários de usina de aços especiais não-planos em São Caetano mais 62 em Sorocaba -a empresa tinha 1.500 funcionários em São Caetano e 860 em Sorocaba.
As demissão foram feitas devido à queda nas vendas, segundo a Villares. O aço especial não-plano, informa a empresa, é matéria-prima para o setor automotivo, que já está com estoques elevados.
Os estoques de automóveis no país, inclusive importados, são de cerca de 237 mil unidades, diz o presidente da Anfavea (representa as montadoras), Silvano Valentino. O número equivale a 50 dias de venda quando o normal, segundo ele, é de 10 a 15 dias.
``Queremos reverter a situação na Villares. Caso contrário, vamos parar a empresa já na segunda-feira", disse o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano (ligado à Força Sindical), Aparecido Inácio da Silva, o Cidão.
A Cofap anunciou ontem mais 65 demissões em São Bernardo, segundo o sindicato, além das 650 de já anunciadas em Santo André.
Os representantes da empresa, procurados pela Folha, não retornaram às ligações telefônicas.
O Sindicato dos Metalúrgicos do ABCD reuniu os demitidos e entregou à direção da Cofap uma pauta com seis reivindicações, segundo José Braz da Silva, o Fofão, diretor do sindicato.
Os metalúrgicos pedem a revisão das demissões para trabalhadores que têm estabilidade (que sofreram acidentes de trabalho, por exemplo) e convênio médico por 12 meses e cinco salários nominais a mais para os não reintegrados.
Segundo ele, a empresa ficou de dar uma resposta na terça-feira.
Na segunda-feira passada, a GM fez 1.134 demissões.
José Carlos Pinheiro Neto, diretor de assuntos corporativos da GM, disse que ``as gorduras" já foram eliminadas.
(CPL)

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