São Paulo, sábado, 26 de agosto de 1995
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E as araucárias desafiam as palmeiras

MATINAS SUZUKI JR.
EDITOR-EXECUTIVO

Meus amigos, meus inimigos, a missão do Wanderley Luxemburgo (que recebe salários do Flamengo e do Paraná Clube) contra o seu ex-Palmeiras, hoje, é das mais interessantes.
Ele começou a trabalhar no time paranaense em cima da hora, bateu duas vezes os gaúchos (pegou o Grêmio desfalcado, na estréia) e joga, no conforto do lar doce lar, a liderança do Grupo A.
Sua vida seria melhor ainda se o Palmeiras não estivesse com o seu motor turbinado respondendo na hora certinha.
Havendo um vencedor no jogo de hoje no Estado das araucárias e da modernidade urbana, ele, Palmeiras ou Paraná Clube, terá acumulado valiosos nove pontos em três jogos, no competitivo Grupo A.
Será dificílimo tirar a diferença.

A caravela vascaína atraca no ineficiente porto de Santos, para tentar fisgar um peixe que pode vir Pintado na brasa.

O mesa santista cansou de cozinhar o Gallo. Reforçou o menu com o Pintado.

O diabo no Brasil é que tudo que é errado dá certo. São Paulo tortura-se na crise dos estádios. O Rio parece ter gostado e o Maracanã ficam sem o Flamengo, a maior atração de bilheteria do Brasileiro.
No domingo, ele joga em São Januário. Logo o Flamengo, que precisa de mais renda do que qualquer outro clube.

O velho Braga (cadê o Edílson? Cadê o Edílson, minha gente?) parece mais um Peter McNeeley antes de pelejar com o super-Flamengo, no domingo.
Como futebol não é boxe, e o Mengo estréia esquema defensivo novo, é melhor não dizer nada antes de soar o gongo.

Ainda sem o seu meio-campo da terceira idade completo, o São Paulo repõe o Gilmar, que disputou um excelente Campeonato Paulista, na defesa. E tenta confirmar a esperança chamada Denílson.
Se engatar, poderá formar dupla histórica com o Pequeno Grande Júnior.

O bugre Luisão não foi contratado para ocupar o lugar do Serginho, na vaga corintiana do Viola. Sua vingança veio em dobro, com juros de banco brasileiro.

Os gols de bicicleta viraram tradição em jogos entre Corinthians e Guarani. Só o Neto fez dois, um com cada camisa.
Na quinta, foi a vez de o baiano Serginho inscrever-se na turma bacana dos ``night bikers" que pedala por aí.
O Serginho dá pedal.

Vendo os remelexos do Edílson e do Serginho a gente entende por que é que João Gilberto e Caetano Veloso cantam em essepê que ``a Bahia é Brasil".

O show de canções latino-americanas ``Fina Estampa", de Caetano Veloso, é uma homenagem à bela campanha ``Soy Loco Por Ti, América", do Grêmio.

Alegria, alegria: Osmar Santos na platéia de ``Fina Estampa".

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