São Paulo, sábado, 26 de agosto de 1995
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Filme traz vida de uma "party girl"

DANIELA FALCÃO
DE NOVA YORK

``Party Girl", filme de estréia da diretora Daisy von Scherler Mayer, é, em parte, um retrato da vida noturna de NY. Mas não só isso: o que o filme tenta desvendar é um pouco da alma feminina.
Para a bibliotecária Mary -personagem principal interpretada pela atriz Parker Posey- a vida é uma sucessão de festas e clubes.
Mary segue ao pé da letra o ditado ``girls just wanna have fun" (garotas só querem se divertir), mas só ela sabe o quanto tem que pagar para isso.
Apaixonada por sua aparência e suas roupas, Mary não tem um centavo furado no bolso, mas precisa manter a pose para continuar se divertindo.
Para isso, não hesita em roubar roupas nos closets dos anfitriões das festas. Mary/Posey (que é parecidíssima com a atriz Geraldine Chaplin) sabe que é irresistível. Mas isso não ajuda muito e só torna a vida mais complicada. A angústia de Mary vai crescendo com a obrigação de se divertir acima de qualquer coisa.
Quando ela se apaixona por um vendedor de comida árabe, as coisas ficam ainda mais complicadas e Mary começa a questionar o que antes parecia verdade final.
A angústia de Mary contagia os espectadores que chegam a torcer para que ela desista da vida noturna e se concentre na vida ``diurna". Mas como a própria personagem, o espectador sabe, no fundo, que sem as festas a vida se tornaria insuportável.

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