São Paulo, domingo, 27 de agosto de 1995 |
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Amizade, cargos e palavra Governador de Minas, Juscelino Kubitschek fizera um acordo com os aliados naquela eleição municipal: os cargos estaduais seriam preenchidos pelo partido que vencesse a eleição no local. Abertas as urnas na cidade de José Maria Alkmin, secretário da Fazenda e amigo de JK, verificou-se sua derrota. Não tardou, os aliados cobraram a indicação do coletor do município, cargo ocupado pelo compadre de Alkmin. O governador mandou o secretário demitir seu compadre. Após uma semana, os aliados voltaram a JK: o sujeito continuava na coletoria. Juscelino cobrou Alkmin. Mais alguns dias, lá estavam de novo os aliados. Exaltado, JK ligou para Alkmin exigindo a demissão do coletor no outro dia. Quando recebeu o ``Minas Gerais" na manhã seguinte, o governador ligou para o secretário: - Por que você não o demitiu? - Demiti. - É mentira! Não está no ``Diário Oficial". - Ô, Juscelino! São 30 anos de amizade e você acredita mais naquele jornal do que em mim... Texto Anterior: "Dumping" social; Mão-de-obra barata; Registro contábil; Degrau acima; Vale-transporte; Lá e cá; Hora de cobrar Próximo Texto: A relação custo-malefício Índice |
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