São Paulo, domingo, 27 de agosto de 1995
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Droga deve ser usada semanalmente por 1 ano

JAIRO BOUER
ESPECIAL PARA A FOLHA

O interferon alfa -uma substância que modula a resposta imunológica do organismo- é hoje a ``arma" mais poderosa para o tratamento dos pacientes com hepatite do tipo C.
A experiência dos últimos anos tem demonstrado que os resultados com o interferon alfa são superiores no tratamento da hepatite C do que na hepatite B.
O medicamento deve ser usado semanalmente por cerca de um ano. O infectologista Ricardo Tapajós diz que, apesar dos resultados positivos, nem todos os pacientes respondem bem ao uso do interferon.
A hepatite causada pelo vírus B também é transmitida por meio de transfusões de sangue e de seringas compartilhadas para uso de drogas endovenosas.
O vírus B, ao contrário do vírus C, pode ser transmitido facilmente por contato sexual e por via vertical (mãe passa o vírus para o feto).
Os grupos de risco para a hepatite B são praticamente os mesmos que estão sob risco para a Aids: hemofílicos, usuários de drogas endovenosas e homossexuais.
Os profissionais ligados à área de saúde também estão mais expostos ao vírus da hepatite B.
Existe há cerca de cinco anos uma vacina altamente eficaz para a prevenção da hepatite B.
Tapajós explica que as pessoas que fazem parte de qualquer um dos grupos de risco deveriam se vacinar o mais cedo possível.
O vírus B pode levar à hepatite crônica, insuficiência hepática e também tem relação direta com alguns tipos de câncer do fígado.
A hepatite do tipo A é transmitida por via oral. Água ou alimentos contaminados são as principais fontes de contágio.
Pessoas que vivem ou visitam regiões com condições precárias de saneamento básico correm mais risco de se contaminar.
(JB)

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