São Paulo, domingo, 27 de agosto de 1995
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Florestan Fernandes morreu com a doença

Sociólogo foi submetido a um transplante de fígado

JAIRO BOUER
ESPECIAL PARA A FOLHA

O sociólogo Florestan Fernandes, 75, que morreu no último dia 10 após ter se submetido a um transplante de fígado no Hospital das Clínicas da USP, tinha hepatite C crônica.
Florestan adquiriu o vírus em uma transfusão de sangue realizada durante uma cirurgia de próstata, em 1975.
O vírus causou destruição progressiva dos hepatócitos (células que compõem o fígado) e acabou levando a uma insuficiência hepática.
O vírus C pode ter relação com o câncer do fígado -durante o transplante foi localizado um tumor no fígado de Florestan.
O sociólogo passou vários anos sem apresentar sintomas.
Desde 1990, no entanto, ele vinha se internando diversas vezes em hospitais de São Paulo, em consequência das complicações da insuficiência hepática.
Seu fígado deixou de produzir uma série de componentes fundamentais para o organismo como fatores que coordenam o processo de coagulação do sangue e a proteína albumina.
Ao mesmo tempo, o órgão deixou de exercer sua função de ``filtro" e uma série de substâncias tóxicas passaram a se acumular no organismo.
(JB)

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