São Paulo, domingo, 27 de agosto de 1995
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Injeção de liquidez não melhora oferta de dinheiro

DA "AGÊNCIA DINHEIRO VIVO"

O Banco Central apressou na semana passada o desmanche da estrutura de recolhimentos compulsórios, reinjetando na economia cerca de R$ 3 bilhões, que não devem ir para operações de crédito.
Os bancos pretendem manter a estrutura defensiva montada em decorrência do aumento da inadimplência. A devolução dos recursos ao sistema vai ajudar a resolver problemas de liquidez das pequenas instituições.
A intenção de vários bancos é reduzir os empréstimos ao setor privado, elevando o spread e reduzindo os limites de crédito. O spread, que oscilava entre 1% e 1,5% sobre o custo de captação, subiu para 2% a 2,5%.
A triagem se dá também pelas garantias. As operações de giro pré, cuja garantia é uma nota promissória emitida pelo tomador, têm juros mais altos que as lastreadas em duplicatas.
As linhas de vendor, em que a garantia é a mercadoria adquirida com o dinheiro emprestado, estão as mais baratas. Há alguns meses, a diferença de taxas do vendor e do giro pré estava em torno de 1 ponto percentual. Hoje oscila entre 1,8% e 2%.
Embora desmentida, a previsão atribuída ao ministro Malan de um over de 3,3% em setembro tem lógica. Para que o over-selic recue de 3,8% efetivos para 3,3%, basta ao BC manter a taxa estável em 4,89%, já que setembro tem três dias úteis a menos que agosto.
O mercado futuro prevê para o mês que vem um CDI ligeiramente acima de 3,4%. Mas não descarte uma queda mais pronunciada. Por isso, opte pelos ativos prefixados, como CDB e fundos de renda fixa tradicionais.

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