São Paulo, domingo, 27 de agosto de 1995
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Novo redutor faz poupança perder de fundos

Como se previa, o aumento do redutor da TR de 1% para 1,2% desde 1º de agosto fez com que a poupança perdesse para os fundos de investimento neste mês em termos de rentabilidade média, com exceção dos de curto prazo.
Em julho, a poupança só perdeu para o CDB de grande investidor no segmento de renda fixa. Este mês, a poupança cairá no ranking.
A caderneta do dia 1º deverá render 3,1175%, contra 3,46% líquidos do CDB (ajustado de 22 para 23 dias úteis, para efeito de comparação), 3,26% na média dos fundos de commodities e 3,28% na dos fundos de renda fixa.
FAF e fundo de curto prazo ocupam as piores posições, como mostra o gráfico acima.
Se o redutor da TR tivesse permanecido em 1%, a caderneta do dia 1º teria rendido 3,32%, pouco acima dos fundos de commodities e de renda fixa, como em julho.
Nessa comparação, deve-se apenas levar em conta que poupança e CDB são aplicações prefixadas (rendimento definido antes). Embora os fundos possam ter CDBs prefixados em carteira, eles têm características de pós-fixados (a rentabilidade dos títulos é apropriada pelas cotas a cada dia útil).
A partir de outubro, quando funcionarão várias ``famílias" de FIFs (Fundos de Investimento Financeiro), poupança e CDB devem se tornar mais atrativos porque manterão a carência mensal e não terão qualquer compulsório. Isto, é claro, se as regras atuais forem mantidas.
Os FIFs até 89 dias, devido ao compulsório, perderão rentabilidade (ver outro texto ao lado). O mercado prevê que o FIF de 60 dias poderá ser competitivo com a poupança, mas a garantia de uma rentabilidade maior será dada mesmo pelo de 90 dias. Esse prazo pode desestimular essas aplicações.
O mercado espera, do Banco Central, alguma mudança nas regras dos FIFs para evitar que o investidor de um fundo de 30 dias, por exemplo, seja ``punido" pelo compulsório de 10% mesmo que deixe o dinheiro aplicado por 90 dias (prazo sem o compulsório).

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