São Paulo, domingo, 27 de agosto de 1995
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PÓ-DE-ARROZ

A organização e a realização do encontro de ONGs custaram 250 milhões de yuans (cerca de US$ 30 milhões), segundo Cai Jinxi, funcionário do distrito de Huairou. O governo chinês teria oferecido 100 milhões e quatro bancos estatais teriam se juntado para emprestar 150 milhões. Não foram divulgados gastos com a conferência.

Para a invasão de mulheres, a China alugou 230 banheiros móveis de Hong Kong, 100 para a Conferência da ONU e 130 para Huairou. Mais 100 banheiros móveis estão sendo feitos em Pequim para uso no encontro das ONGs.

O serviço de tradução organizado para a conferência oferece intérpretes em 29 idiomas, do inglês ao albanês, do francês ao mongol. Detalhe: não existem tradutores de português.

A China oferece descontos de até 50% aos participantes da conferência que viajarem em vôos de companhias aéreas chinesas. Está sendo oferecido um cardápio de 35 cidades de interesse turístico que poderão ser visitadas quando acabar o evento.

Motoristas de táxi da capital chinesa foram instruídos a relatarem a seus superiores eventuais planos de protestos que eles escutem -e entendam- durante as conversas dos passageiros. São poucos os motoristas chineses que têm noções de um idioma estrangeiro. Cada um deles foi obrigado a passar por um rápido curso que custou o equivalente a US$ 6.

Tong Zeng, líder de um grupo que auxilia chinesas que foram escravas sexuais dos japoneses na Segunda Guerra, foi levado ontem por policiais para uma localidade remota do sul do país. Além disso, vários ativistas chineses pró-democracia, presos em junho pelo governo, ainda não foram soltos. As autoridades querem evitar seu contato com estrangeiros.

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