São Paulo, domingo, 27 de agosto de 1995
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um extraterrestre no governo

COSETTE ALVES

cambial, de `fomos traídos pelo governo' e seguiu a liturgia habitual de tomar o avião para Brasília etc. Agora, o que a abertura representou em termos de mudança cultural e estratégica no mundo empresarial é extraordinário. Foi uma conquista. Há anos se falava de globalização como um fenômeno exótico, do tipo `disco voador pousou em Paris'. De repente, o disco voador pousou no Brasil. Agora não tem mais volta, o Brasil globalizou e ponto. Não adianta pensar em reverter."

Ficção
Se pudesse mudar o mundo, Gustavo Franco o dividiria em países de 2 milhões de pessoas. O mundo seria composto de pequenos países. Sua teoria é de que isso resolveria problemas ideológicos e militares.

Ironias
Sobre a ironia que fazem -brincam que os banqueiros querem mudar o nome da avenida Paulista para "avenida Gustavo Franco"-, ele diz que, ao longo de diferentes décadas, se leriam tabuletas diferentes, como os imóveis que trocam de mãos há muitos anos, à medida que a riqueza e a economia mudam de pólos.
"O crescimento extraordinário dos bancos não pode ser atribuído a mim, mas à inflação. É malicioso dizer que a avenida deveria se chamar Gustavo Franco. Talvez devesse chamar `Hiperinflação'. Não fico feliz com a homenagem, é injusta."

Momentos profissionais
O diretor do BC fala desses momentos com um entusiasmo contagiante. "A experiência que vivi é extraordinária e acho que não se repete. No meu livro ('O Plano Real e Outros Ensaios', lançado em julho último), falo: em 1984, eu estava numa universidade americana estudando a Europa dos anos 20 e o exótico fenômeno da hiperinflação.

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