São Paulo, quarta-feira, 30 de agosto de 1995 |
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É 'capenga', diz Marighella Fº
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA O técnico industrial Carlos Augusto Marighella Fº, filho de Carlos Marighella, fundador da ALN (Ação Libertadora Nacional), morto em 1969, considerou ``capenga" o projeto do governo sobre desaparecidos políticos.Ele acha que a grande falha do projeto está em não permitir a apuração das circunstâncias das mortes dos líderes da guerrilha. Segundo ele, seu pai foi morto em uma emboscada de agentes do Estado. O filho repudiou a versão oficial de que Marighella foi morto em combate. A seguir, os principais trechos da entrevista: Folha - Por que o projeto do governo é capenga? Marighella - Porque não contemplou a apuração das circunstâncias das mortes. No caso de meu pai, a versão de que ele foi morto em combate é uma farsa. Ele foi vítima de uma emboscada e morto com vários tiros. Essa versão oficial é uma tentativa fantasiosa para se eximir da responsabilidade de que se assassinou friamente uma liderança política influente e opositor do regime. Folha - Você quer apurar os nomes dos responsáveis pela morte de seu pai? Marighella - Isso nós não queremos. Nós queremos é acabar com a barreira sobre o regime militar e contar a verdadeira história. Texto Anterior: Anistiado pede 'esquecimento' Próximo Texto: Projeto é corajoso, diz Eunice Índice |
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