São Paulo, quarta-feira, 6 de setembro de 1995
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FHC defende as reformas

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Fernando Henrique Cardoso disse ontem que o governo tem propostas "realistas" e não "tímidas" e condenou "a hipocrisia de propor metas inatingíveis".
A afirmação foi uma defesa do projeto do governo de reforma tributária, criticado por parlamentares do PFL.
"Às vezes, se confunde realismo com timidez e se fica pedindo que o governo tenha a hipocrisia de propor metas inatingíveis. Nós não queremos isso, nós apresentamos um projeto realista", disse o presidente.
FHC deu essa declaração em discurso de apresentação do Plano Plurianual a líderes do governo, representantes dos partidos aliados e parte dos ministros.
O presidente disse também que o Plano Real exige "certo sacrifício", citou as medidas de contenção do consumo e declarou não estar no cargo "para ser aplaudido toda hora", mas para "fazer o que é necessário ser feito pelo bem do Brasil".
"Muitas medidas que são necessárias custam contenção, custam, portanto, desagradar setores, custam certo sacrifício."
FHC definiu como "diagnóstico errado" a expectativa de que o Plano Real provocaria recessão, desemprego e concentração de renda e de que seria um programa de "curto fôlego". Segundo ele, a estabilidade permite planejar investimentos.
Fernando Henrique disse que não está "fazendo nenhuma hipótese de crescimento desabalado" ao prever que a poupança interna neste ano será equivalente a 18% do PIB (Produto Interno Bruto). Há cinco anos, essa taxa era de 13%.
FHC afirmou que o governo manteve equilíbrio no Orçamento da União e negou que haja descontrole dos gastos públicos.

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