São Paulo, terça-feira, 12 de setembro de 1995 |
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'As pessoas pegavam fogo'
DA AGÊNCIA FOLHA, EM ARACAJU O trabalhador rural Manoel Alves Machado, um dos passageiros do ônibus, conseguiu escapar ileso. Seu irmão João Machado, que também estava no ônibus, teve queimaduras e foi internado no Hospital das Clínicas, em Aracaju.Agência Folha - Como foi o acidente? Manuel Alves Machado - Foi uma coisa muito rápida. Eu estava no fundo do ônibus quando iniciou a viagem. Pouco depois, fui me sentar, ao lado do motorista. Quando olhei para trás, havia gente gritando, muito choro. Agência Folha - Sobreviventes disseram que o ônibus levava gás e gasolina. É verdade? Machado - Não vi o combustível, mas foi esquisito que o fogo pegasse assim tão rapidamente. Agência Folha - Como o sr. conseguiu escapar do fogo? Machado - Quando vi as chamas, pulei pela porta da frente. Eu fui a primeira pessoa a sair. Agência Folha - O senhor prestou socorro a alguém? Machado - Não tinha como fazer isso. Eu já sou uma pessoa idosa. As pessoas desciam do ônibus pegando fogo e, se eu fosse socorrer, poderia morrer também. Agência Folha - Quantas pessoas morreram? Machado - Havia uns 50 passageiros. Os mortos passam de 20. Texto Anterior: Ônibus pega fogo e 20 morrem em SE Próximo Texto: Fogo destrói depósitos do Ceagesp Índice |
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