São Paulo, terça-feira, 12 de setembro de 1995
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Iniciativa privada no metrô

A idéia do governo paulista de usar o regime de concessões para ampliar a rede de metrô na capital paulista parece oportuna e interessante. O Estado, como se sabe, mal consegue fechar sua folha de pagamentos e certamente não tem como investir na ampliação do metrô.
De outro lado, esse tipo de transporte é de longe o mais indicado para os grandes centros urbanos, pelo número de pessoas que transporta, muito mais rapidamente e poluindo muito menos do que qualquer outro sistema coletivo.
Nesse sentido, a proposta de conceder os direitos de exploração, por determinado prazo, para a empresa que se dispuser a construir a linha Luz-Vila Sônia (um investimento de R$ 1,5 bilhão, dos quais US$ 470 milhões seriam financiados pelo Bird) é mais do que oportuna.
Cálculos do presidente do Metrô sugerem que 1,1 milhão de passageiros utilizariam a linha diariamente, o que, segundo ele, a tornaria bastante rentável. O Metrô manteria o poder fiscalizatório para garantir bons padrões de qualidade.
É sabido que uma administração privada, com o devido controle, tende a ser bem mais eficiente que a administração estatal.
O metrô é um transporte importante demais para uma cidade como São Paulo para que seja deixado de lado porque o Estado está sem recursos. Se alguém se dispuser a construí-lo, que o faça.

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