São Paulo, sexta-feira, 15 de setembro de 1995
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Governo quer maior combate a fraude no SUS

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo federal deve priorizar a implantação integral do SUS, além de dar maior atenção ao combate de fraudes e desperdícios no sistema. Essa é a conclusão do 1º Simpósio Internacional sobre Política de Saúde e Financiamento, encerrado ontem na Câmara dos Deputados.
Na avaliação dos participantes, o desmonte do SUS, iniciado no governo Collor, não foi revertido. Sobre fraudes e desperdícios, a principal crítica é quanto ao sistema de gestão adotado pelo governo. As falhas permitem que pacientes que possuem convênios privados sejam atendidos pela rede pública sem que o governo tenha direito de ser ressarcido.
Os expositores vão preparar um documento para distribuir para as prefeituras, assembléias legislativas e profissionais ligados a saúde.
Por meio do SUS, previsto na Constituição, o atendimento médico deveria ser gratuito para toda a população. Um projeto de emenda constitucional do governo propõe restringir o atendimento -lei especial definiria quem tem direito a atendimento médico de graça.
A volta do imposto do cheque, em sua nova versão chamado de CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), recebeu o apoio dos participantes do simpósio.
Ontem o deputado Osmâio Pereira (PSDB-MG), da frente parlamentar da saúde, disse que conseguiu o apoio do líder do governo na Câmara José Carlos Santos (PMDB-SP) para a proposta. Segundo ele, todos os governistas deverão votar pela aprovação do CPMF. Até agora o maior problema do ministro Jatene para aprovar o CPMF está nas restrições por parte dos governistas.
O PT decidirá no próximo domingo sobre a posição da bancada em relação ao CPMF.

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