São Paulo, sexta-feira, 15 de setembro de 1995
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Não existem respostas prontas

PAULO COELHO
COLUNISTA DA FOLHA

Ontem falei nesta coluna sobre o "I Ching". O artista plástico Miklos comenta, em "Scientia Una": ao consultarmos um oráculo, não devemos ir em busca de respostas prontas e definitivas sobre nossas vidas. Se elas existissem, não valeria a pena continuar lutando: bastava sentar e esperar que o destino se manifestasse.
É muita arrogância encontrar gente que se diz capaz de ler o futuro ou mudar o destino. Quem age assim não sabe o que está falando -e tampouco sabe o que está lendo nas cartas, búzios, ou moedas. A função das artes divinatórias é permitir um contato mais íntimo com a sabedoria universal. "No oráculo não existe jogo de adivinhação ou passaporte para o dia de amanhã. O objetivo deve ser a compreensão de nós mesmos, a partir da natureza e da vida", diz Miklos.

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