São Paulo, domingo, 17 de setembro de 1995
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Dança dos números; Faltou o principal; Quebrando expectativas; Esperando milagres; Prato que se come frio; No ringue; Dinheiro prometido; Trabalho infantil

Dança dos números
O PT descobriu que o governo usou taxas de inflação diferentes para indexar o Orçamento 96. A Receita estimou em 26%, a Previdência prevê correção de 17%, o Tesouro fala em 10,83%. Em algum lugar vai faltar dinheiro.

Faltou o principal
O governo não previu o Fundo Social de Emergência no Orçamento 96. Isto é: se ele for aprovado, provavelmente em dezembro, Serra terá que mandar um substitutivo. Os parlamentares podem ir dando adeus ao recesso.

Quebrando expectativas
Paulo Bernardo (PT) diz que, ao contrário do esperado, poucas verbas vieram "carimbadas" do Executivo para prefeituras no Orçamento 96. Explica-se: FHC disse a Serra que era bobagem, pois seriam cortadas no Congresso.

Esperando milagres
O governo estava muito otimista quando fez o Orçamento. Dos R$ 165 bi de receitas correntes previstos para 96, R$ 25 bi estão condicionados à aprovação do CPMF e do IR das empresas. Além de R$ 4 bi da privatização.

Prato que se come frio
Como presidente da Comissão de Orçamento, Renan Calheiros (PMDB) vai indicar os relatores das contas do governo Collor em 91 e 92. Ex-líder collorido, rompeu antes do impeachment. Indagado se indicará um petista, ri.

No ringue
O PFL ganhou reforço para "dar porrada" nos tucanos, como dizem seus dirigentes. Filiou-se ao partido em Pernambuco o lutador de boxe Luciano Torres, mais conhecido como "Todo Duro".

Dinheiro prometido
O secretário Emerson Kapaz está anunciando US$ 6,5 bi de investimentos em São Paulo nos próximos dois anos. Das 24 obras, 12 são novas instalações. Metade do dinheiro irá para São José dos Campos, Taubaté e Jacareí.

Trabalho infantil
A Organização Internacional do Trabalho e o PNBE promovem um debate dia 26, em São Paulo, sobre trabalho infantil. Segundo as entidades, 7,5 milhões de crianças trabalham no Brasil, das quais 57,8% sem receber nada.

TIROTEIO
De Betinho, sobre a declaração de FHC, segundo a qual combater a inflação é o melhor jeito de aliviar a pobreza e que o Plano Real foi o maior esforço de distribuição de renda que o Brasil já fez:
- Essa é a lógica dos economistas que acham tudo ótimo e que todos os problemas foram resolvidos. Enquanto o país for refém desse raciocínio, estamos fritos. A declaração faz do Comunidade Solidária uma instituição supérflua e de todos nós, conselheiros, uns inúteis.

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