São Paulo, domingo, 17 de setembro de 1995 |
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Conheça as diferenças entre os evangélicos Evangélicos: Consideram a Bíblia a maior autoridade religiosa. Defendem o direito de todas as pessoas interpretarem a Bíblia sem intermediários. Essa convicção é responsável pela fragmentação das igrejas evangélicas. Qualquer pessoa pode fundar seu movimento, que não terá qualquer relação de hierarquia com os já existentes. Não há autoridade central, como o papa da Igreja Católica. Condenam a adoração de santos ou imagens, por considerá-la proibida pela Bíblica. São divididos em históricos, pentecostais e neopentecostais. Históricos: Originários do protestantismo surgido com a Reforma do século 16. Abrangem os batistas, presbiterianos, luteranos e metodistas que fundaram igrejas no Brasil no século passado. Representam cerca de 33% dos 18 milhões de evangélicos do Brasil (aproximadamente seis milhões de pessoas). Pentecostais: O nome vem do dia de Pentecostes, quando, de acordo com a Bíblia, o Espírito Santo se revelou aos apóstolos, 50 dias depois da ressurreição de Jesus Cristo. Surgiram no Brasil a partir de 1910. A maior representante é a Assembléia de Deus. Dão ênfase a manifestações do Espírito Santo, principalmente à glossolalia (falar em línguas desconhecidas) e, a partir dos anos 50, às curas divinas. Realizam cultos baseados na emoção, mais informais que os das igrejas tradicionais. Os pentecostais e neopentecostais são aproximadamente 12 milhões de pessoas (67% dos evangélicos). Neopentecostais: Englobam igrejas criadas a partir da década de 70. Nesse grupo se inclui a Universal do Reino de Deus. Os neopentecostais destacam o dom do Espírito Santo que leva à cura divina e o exorcismo (que chamam de libertação). A guerra entre Deus e o diabo ganha tons dramáticos. Na Universal, todos os movimentos que contrariam sua doutrina, como a umbanda, são considerados manifestações demoníacas. Renovação Carismática: Movimento que representa a pentecostalização do catolicismo. Valoriza a cura pelo Espírito Santo e a glossolalia. Ao contrário de setores progressistas do catolicismo, os carismáticos não dão atenção a questões sociais. Preocupam-se mais com a fé tradicional. Texto Anterior: Pastor tem salário de R$ 700, casa e carro Próximo Texto: Universal inicia ofensiva na área social Índice |
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