São Paulo, domingo, 17 de setembro de 1995
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Advogado diz que há 'inquisição'

DA REPORTAGEM LOCAL

O advogado de Edir Macedo, Márcio Thomaz Bastos, diz que há um "clima de inquisição" contra seu cliente. Segundo ele, o bispo será absolvido da acusação de estelionato, curandeirismo e charlatanismo.
"Não se provou nada contra ele", diz Bastos. "Pode-se até discordar da igreja dele, mas não se pode provar nada contra ele", afirma. Bastos critica a prisão preventiva por 12 dias do bispo, em 1992.
"Houve uma grande injustiça na prisão dele", diz. "Ele foi submetido a um constrangimento absurdo". Para Bastos, as acusações contra o bispo são "absolutamente fracas".
Segundo o advogado, a tendência do Tribunal de Alçada é confirmar a absolvição da primeira instância. "Não é caso de condenação. Não há nenhum crime praticado por ele".

"Não foi ele"
O advogado lembra que, em algumas acusações, como a da invasão de um templo de umbanda em Diadema, Macedo não tem nada a ver com o caso. "Não tem crime nenhum. Não foi ele quem fez isso".
Bastos diz que não são "verossímeis" as acusações do pastor Carlos Magno de Miranda, que acusa Macedo de comprar a TV Record com dinheiro do narcotráfico. Para ele, se as acusações "tivessem procedência, já teriam sido apuradas".
Segundo Bastos, não é a primeira vez que o pastor faz esse tipo de acusação. "É estranho que isso tenha ressurgido exatamente neste momento". Ele disse que Miranda se retratou dessas mesmas acusações feitas anteriormente. "Essas acusações são infundadas".

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